Expectativas para o Verão 2025/26
O verão 2025/26, que se inicia neste domingo (21 de dezembro), promete trazer um panorama mais favorável para o agronegócio brasileiro. As previsões indicam chuvas bem distribuídas e uma redução significativa nos episódios de calor extremo em diversas regiões produtoras. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no trimestre de dezembro a fevereiro, há uma expectativa de chuvas acima da média na maior parte da Região Norte e em áreas do Nordeste. Por outro lado, o Sul do Brasil tende a enfrentar períodos mais secos, caracterizados por uma maior irregularidade na distribuição das precipitações.
Em termos de temperaturas, a projeção é de que, na maioria das localidades do país, os índices fiquem acima da média, com anomalias de até 1 ºC, embora essa variação possa diferir entre as regiões. Este cenário se alinha com a presença de um La Niña de fraca intensidade, conforme confirmado pelo Inmet e pela NOAA (agência de clima dos Estados Unidos). Historicamente, esse fenômeno está associado a um aumento das chuvas no Norte e Nordeste, a possibilidade de veranicos mais acentuados no Sul e temperaturas mais amenas no Sudeste e Centro-Oeste em comparação com anos em que o El Niño se destacou.
Cenário no Sul e Implicações para o Agronegócio
Para o Sul, em especial no Estado do Rio Grande do Sul, a expectativa é de chuvas mais irregulares, com maior espaçamento entre um evento e outro. Contudo, não há previsão de seca severa para esta temporada. O que se espera é um verão menos intenso em termos de ondas prolongadas de calor, o que diminui o risco de estresse térmico nas lavouras. Embora possam ocorrer breves períodos de tempo mais seco e quente, as projeções sugerem que, na média da estação, as temperaturas devem ser mais moderadas se comparadas aos verões recentes.
Um ponto crucial a ser monitorado é a possibilidade de excesso de precipitação em determinados momentos. Periodos prolongados de nebulosidade e chuvas volumosas podem interferir nas operações de manejo, atrasando plantios e colheitas, além de aumentar o risco de doenças relacionadas à alta umidade em certas regiões. Portanto, é aconselhável que os produtores ajustem seu planejamento de janelas de plantio, pulverização e colheita conforme as previsões meteorológicas regionais.
A Influência do Verão na Safra de Milho e Outras Culturas
As condições climáticas deste verão terão um impacto significativo na safra seguinte, principalmente para a produção de milho de segunda safra. Em resumo, a combinação da fraca intensidade do La Niña, chuvas bem distribuídas, boa umidade no solo e a ausência de calor extremo prolongado cria um ambiente especialmente favorável para o desenvolvimento das culturas de verão. Isso é essencial para o planejamento da próxima safra de milho, bem como de outras culturas que são plantadas na segunda época do ano.
