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    Iniciativa busca aprimorar o conhecimento sobre búfalos e seus derivados em Soure
    Agronegócio

    Fazendeiro Idealiza a Primeira ‘Universidade do Búfalo’ na Ilha de Marajó

    outubro 12, 2025
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    Projeto Inovador na Ilha de Marajó

    No município de Soure, que faz parte da Ilha de Marajó, crianças encontram uma forma divertida de se conectar com a natureza, nadando e brincando com búfalos em áreas alagadas. A interação com os animais ocorre enquanto tentam adestrá-los, mas o que deveria ser um trabalho muitas vezes se transforma em um jogo refrescante para aliviar o calor da região.

    O búfalo, considerado um ícone da cultura marajoara, possui a maior população do Brasil, estimada entre 650 mil e 800 mil animais. A maioria deste rebanho se concentra em Soure, Chaves e Cachoeira do Arari. Eles não apenas enfeitam a paisagem com suas estátuas, mas também desempenham funções essenciais no transporte, policiamento e gastronomia local, como no famoso filé mignon com queijo.

    Com a relevância do búfalo na região, a família proprietária da Fazenda e Empório Mironga decidiu dar um passo ousado, planejando a criação de uma “universidade do búfalo”, chamada Centro de Estudos da Bubalinocultura. Embora o projeto ainda não tenha uma data definida para implementação, ele promete ser o primeiro do tipo no Brasil, focando na pesquisa em genética, manejo e uso integral do mamífero.

    “Precisamos de especialistas para aprofundar o conhecimento sobre o búfalo, incluindo aspectos como melhoramento genético, valorização do leite, couro e carne, além do manejo e questões sanitárias. O centro não seria exclusivo para veterinários ou agrônomos, mas envolveria profissionais de diversas áreas, como tecnólogos em alimentos, turismo e medicina”, explica Carlos Augusto Gouvêa, carinhosamente conhecido como Tonga.


    Enquanto a “universidade” não se concretiza, a família promove a “Vivência Mironga”, um turismo pedagógico iniciado em 2017, que proporciona aos visitantes uma imersão no cotidiano da fazenda, incluindo a produção artesanal de queijo de leite de búfala e práticas agroecológicas.

    “Produzíamos uma grande quantidade de queijo e doces, mas decidimos focar no turismo, que hoje responde por dois terços da receita da fazenda. Em setembro, tivemos um recorde de 400 visitantes”, revela Gabriela Gouvêa, filha de Tonga e atual presidente da Associação dos Produtores de Leite e Queijo do Marajó (APLQM).

    Tradições Gastronômicas e História do Queijo

    O queijo marajoara, com uma história rica que remonta a gerações passadas, é produzido a partir de leite cru, utilizando técnicas tradicionais transmitidas ao longo do tempo. A busca pela legalização dessa produção foi uma jornada longa, na qual a família participou ativamente, ajudando a criar uma legislação sanitária específica para o queijo artesanal.

    Em 2013, a queijaria da Mironga tornou-se a primeira a obter inspeção oficial, e, após alguns anos, o produto conquistou a Indicação Geográfica do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) foi um parceiro fundamental nesse processo de legalização e organização.

    Gastronomia e Memória Afetiva

    Um exemplo de como a cultura local é valorizada está no Café Dona Bila, em Soure. O espaço é comandado por Lana Correia, uma empreendedora cearense que trouxe um pedacinho da culinária nordestina para o Pará, unindo pratos típicos como cuscuz e tapioca ao que há de melhor na gastronomia marajoara, incluindo o queijo e a carne de búfalo.

    “Comecei com um serviço de delivery em 2023 e a demanda cresceu tanto que decidi abrir um espaço físico. Meu objetivo era criar um ambiente que trouxesse o sabor e a acolhida de um lar”, conta Lana, que tem notado que muitos clientes associam suas refeições a momentos da infância.

    O ambiente aconchegante e as referências familiares conquistaram tanto moradores locais quanto turistas, com pratos como tapioca com recheios de queijo e carne, bolo de milho cremoso e cuscuz recheado sendo os mais solicitados.

    Desafios Ambientais da Pecuária

    À medida que o Marajó desenvolve suas tradições culturais e econômicas ligadas ao búfalo, os desafios ambientais associados à produção de seus derivados não podem ser ignorados. A redução das emissões de gases de efeito estufa é uma preocupação central, especialmente com a aproximação da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em Belém, em novembro.

    O último levantamento do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), realizado em 2023, evidencia que a pecuária é a segunda maior fonte de emissões do Brasil, superada apenas pelas mudanças no uso da terra. Os búfalos, parte da categoria bovina, contribuíram com 405 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente nesse período, um problema associado principalmente à liberação de metano durante a digestão dos animais. Esse é, sem dúvida, um dos principais desafios que o futuro Centro de Estudos da Bubalinocultura terá que enfrentar.

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