Como Funcionava o Golpe no Agronegócio
Uma importante ação da Polícia Civil de Goiás resultou na prisão de 27 suspeitos de participação em um esquema criminoso que aplicou golpes em produtores rurais do estado. A operação, realizada na terça-feira (7), abrangeu oito estados e o Distrito Federal, com o intuito de desmantelar uma associação criminosa que, nos últimos cinco anos, causou prejuízos estimados em mais de R$ 120 milhões.
O golpe, amplamente conhecido como “falso intermediário”, ocorria na comercialização de grãos de milho. De acordo com o delegado Matheus Dutra, do Grupo Especial de Investigações Criminais (GEIC) de Rio Verde, a estratégia utilizada pelos golpistas envolvia o contato direto com corretores de grãos, que eram enganados ao acreditar que estavam negociando com compradores legítimos.
“O golpista entrava em contato com os corretores, se passando por um comprador. Após isso, recebia fotos, vídeos e informações detalhadas sobre as fazendas e os produtos. Em seguida, ele se passava por vendedor e iniciava novas negociações com outros corretores, criando um ciclo vicioso de engano”, detalhou Dutra.
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Como resultado desse esquema, as vítimas, acreditando em uma negociação confiável, acabavam realizando transferências bancárias para os golpistas, que se passavam por proprietários dos produtos.
As investigações apontaram que mais de 41 pessoas estavam diretamente envolvidas nas transações fraudulentas. Em Rio Verde, especificamente, o golpe lesou pelo menos dez produtores, gerando um prejuízo total aproximado de R$ 1 milhão.
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A Megaoperação Agrofraude não só cumpriu mandados de prisão, mas também incluiu ações de busca e apreensão em vários estados, como Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Amazonas, Acre e Piauí. Além de prisões, foram realizados sequestros de bens e bloqueios de contas bancárias.
O cerco contra essa associação criminosa mobilizou uma grande equipe da polícia, destacando o compromisso das autoridades em proteger os produtores rurais de fraudes que têm se tornado cada vez mais sofisticadas. Com a continuidade das investigações, espera-se que mais envolvidos sejam identificados e responsabilizados, garantindo a segurança nas transações do agronegócio.