Análise do Cenário Fiscal Municipal e Expectativas Econômicas para o Próximo Ano
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgou, nesta segunda-feira, dia 15 de dezembro, os resultados de um levantamento anual que avalia a situação fiscal das prefeituras brasileiras. Este estudo, que se concentra no pagamento do 13º salário e na perspectiva dos gestores para a economia em 2026, abrange 75% dos Municípios do país e oferece uma visão abrangente sobre o desempenho fiscal, os desafios administrativos e as expectativas para o próximo ano.
Os dados obtidos revelam que o acréscimo de 1% no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), fruto de lutas da CNM e do movimento municipalista, será crucial para assegurar o pagamento do 13º salário. Um impressionante 94,7% das prefeituras garantiram que o repasse adicional contribuirá significativamente para honrar esse compromisso. Além disso, a maioria das autoridades locais (98%) reportou que está em dia com o pagamento da folha salarial, incluindo os valores de dezembro.
Quando analisamos o cenário anual, o primeiro ciclo da gestão de 2025 a 2028 se destacou por desafios fiscais e de governança. Para 80,2% dos gestores, a principal dificuldade enfrentada foi a crise financeira e a escassez de recursos. Em segundo lugar, 67,5% apontaram a instabilidade política e econômica como um impedimento significativo, seguidos por questões relacionadas à gestão da saúde (63,4%) e pelos aumentos salariais concedidos ao longo de 2025 (62,2%).
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O levantamento também traz à tona as expectativas para o desempenho econômico de 2026, que se mostram polarizadas. Quase metade dos gestores (44,6%) acredita que a economia será boa ou excelente, enquanto 35,8% se mostram céticos em relação ao futuro. Outros 16% indicaram não ter uma visão clara, posicionando-se entre o otimismo e o pessimismo.
Paulo Ziulkoski, presidente da CNM, comenta: “Os dados evidenciam que, apesar das dificuldades enfrentadas, as prefeituras terminam o ano com um controle fiscal mais robusto. Entretanto, antecipamos que 2026 trará desafios consideráveis, especialmente em um ano eleitoral, pois é possível que pautas-bombas sejam aprovadas, resultando em custos insustentáveis para as finanças municipais.”
Este levantamento, tradicionalmente divulgado ao final do ano, enfatiza que o adicional de 1% do FPM cumpre sua função ao assegurar a liquidez necessária para o pagamento do 13º salário em muitas prefeituras. Os resultados indicam um planejamento fiscal robusto, com uma baixa incidência de atrasos nos pagamentos e uma forte capacidade para fechar as contas de 2025 de maneira eficaz.
Para acessar os dados abrangentes do estudo, consulte a fonte oficial.
