Desafios de Saneamento em Curitiba
A situação da dengue em Curitiba levanta preocupações à medida que a cidade se prepara para as festividades de final de ano. Em um recente comunicado, a Sanepar atribuiu a falta de água na véspera de Natal a uma combinação de fatores, incluindo as altas temperaturas e, especialmente, a lentidão do Ibama na liberação dos licenciamentos para a construção da barragem do Miringuava, que deveria ajudar a melhorar a distribuição de água na região.
Enquanto isso, o cenário de saúde pública se agrava. A dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, já apresenta números preocupantes na capital paranaense. Os especialistas alertam que a combinação de calor e água parada em locais inadequados pode criar um ambiente propício para a proliferação do mosquito, aumentando o risco de surtos. Dados recentes indicam que a incidência de casos é superior ao registrado no mesmo período do ano passado, o que acende um sinal de alerta tanto para as autoridades locais quanto para a população.
A situação se complica com a constatação de que as obras de infraestrutura essenciais para o saneamento básico estão atrasadas há anos. A população de Curitiba já expressou sua frustração com a falta de investimentos adequados e a ineficiência das ações governamentais, especialmente em um momento crítico, em que a saúde coletiva está em jogo.
Impacto Político e Futuras Eleições
Além dos desafios sanitários, a política local também está agitada. O ex-governador Roberto Requião confirmou sua intenção de concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados pelo PDT. O partido, por sua vez, deve lançar Requião Filho como candidato ao governo do Paraná nas eleições de 2026. Essa movimentação na política estadual pode impactar a forma como as questões de saúde pública e infraestrutura são abordadas, uma vez que os novos representantes podem priorizar essas áreas em suas agendas.
Com a aproximação das eleições, a população curitibana se vê em uma encruzilhada. A falta de água e o aumento no número de casos de dengue exigem um olhar atento dos candidatos e, consequentemente, promessas que reflitam um compromisso real com a melhora das condições de vida dos cidadãos. A pressão pública por ações efetivas tende a crescer, e as gestões atuais serão cobradas por soluções rápidas e eficazes.
