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    Home»Agronegócio»A Nova Crise no Agronegócio: Direção do Santander Afirma que Situação é Singular
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    Desafios atuais no setor rural exigem cautela e revisão de estratégias financeiras
    Agronegócio

    A Nova Crise no Agronegócio: Direção do Santander Afirma que Situação é Singular

    outubro 14, 2025
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    Desafios da Indústria Agrícola

    A ressaca dos “dias de ouro” que o agronegócio brasileiro experimentou ao longo da pandemia agora se transforma em uma das crises mais severas já vistas no setor. Carlos Aguiar, diretor de agronegócio do Santander, ressaltou em entrevista que a atual conjuntura difere de todas as crises enfrentadas anteriormente. Com a alta alavancagem e dívidas acumuladas por aqueles que investiram entre 2020 e 2022, a situação se torna mais complexa.

    “A alavancagem do agro está muito alta e todos aqueles que fizeram investimentos durante os golden days estão enfrentando dificuldades para honrar esses compromissos”, afirmou Aguiar. Nesse cenário delicado, o Santander optou por adotar uma postura mais conservadora em suas operações, especialmente considerando que o banco já atuava fortemente no setor há uma década, crescendo a uma taxa de 30% ao ano e atingindo uma carteira de crédito de R$ 50 bilhões, equivalente a 5 a 7% do total da instituição.

    A Crise e Seus Reflexos no Mercado

    Com o agravamento da situação, o banco decidiu interromper seu crescimento no agronegócio em 2024. “Estamos mais cautelosos e seletivos. Nossa carteira não cresceu e não deve crescer neste ano”, revelou o diretor. O cenário de crise no agronegócio é resultado de uma fusão de fatores, incluindo a quebra das cadeias produtivas durante a pandemia e a guerra na Ucrânia.

    Leia também: Leilão de Imóveis na Bahia: Oportunidades a partir de R$ 67 mil

    Fonte: vitoriadabahia.com.br

    Durante o pico da pandemia, a desvalorização cambial e a redução da taxa Selic incentivaram investimentos no setor. A margem Ebitda, que alcançou 45% para os produtores rurais, criava uma expectativa de novos padrões de retorno. “Houve uma verdadeira inundação de recursos no agro, com todos os bancos criando áreas dedicadas ao setor e lançando produtos como os Fiagros”, comentou Aguiar. Contudo, com a Selic em 15%, a realidade se torna desafiadora para muitos produtores.

    O Preço da Alavancagem

    De acordo com o diretor, os altos níveis de alavancagem estão levando o setor a um momento difícil, e a normalização desse cenário pode levar tempo. “A única forma de se desalavancar é liquidar os ativos adquiridos, como propriedades e equipamentos. Isso implica em trabalhar para que a dívida contraída se torne gerenciável na atual margem do mercado”, explicou Aguiar.

    Os pequenos produtores e arrendatários são os mais afetados nesta crise. Muitos arrendaram terras a preços que não se sustentam mais no atual cenário. Aguiar observa que é cada vez mais comum ver produtores colocando suas terras à venda, o que, em última análise, pressiona os preços de propriedades no mercado.

    A Indústria de Recuperações Judiciais

    Aguiar também destacou um fenômeno preocupante: a crescente “indústria de recuperações judiciais” no agronegócio. Esse cenário, antes inexistente, representa uma simplificação do problema financeiro. “Muitos produtores, acreditando que estão seguros, solicitam recuperação judicial sem entender as complexidades envolvidas”, alertou. Isso acaba por prejudicar bancos e fornecedores, dificultando ainda mais o acesso ao crédito no setor.

    Impactos da Nova Resolução CMN 4.966

    Além dos desafios mencionados, a nova Resolução CMN 4.966 trouxe mudanças significativas na forma como os bancos provisionam créditos duvidosos. A legislação, que se aproxima dos padrões internacionais, torna o processo de provisão mais rigoroso e complexo.

    Antes, as provisões eram feitas de maneira linear. Agora, conforme explica Aguiar, “ao conceder um crédito, já é necessário reservar 2%. Isso significa que, nos primeiros meses, o banco já opera no vermelho enquanto reserva essa provisão.” Com a nova regra, se um tomador atrasar um pagamento, o banco precisa continuar a provisionar, mesmo que o devedor regularize sua situação posteriormente. Isso gera um entrave significativo para a concessão de novos créditos.

    O Caminho à Frente

    Apesar do cenário adverso, Aguiar é otimista sobre o futuro do agronegócio. Ele acredita que a crise exige uma gestão mais rigorosa dos riscos e um maior cuidado ao conceder crédito. “Estamos comprometidos com o setor e continuaremos a acreditar em seu potencial”, concluiu.

    Carlos Aguiar crise no agronegócio investimentos no agro Santander
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