Uma Nova Experiência Turística no Campo
Em outubro de 2025, durante o XI Simpósio Nacional do Morango, realizado em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) apresentou a Rota Turística do Morango Paranaense. Essa iniciativa, resultado de uma aliança com os produtores de morango locais, abrange inicialmente os municípios de São José dos Pinhais, Araucária, Colombo, Tijucas do Sul e Agudos do Sul, com a expectativa de expansão para outras áreas ao longo do tempo.
A proposta visa unir turismo rural ao agronegócio, oferecendo aos visitantes a chance de vivenciar a colheita do morango fresco diretamente do pé. Até o momento, 12 propriedades rurais se juntaram ao projeto, e os primeiros resultados já estão começando a se manifestar na região.
Produção e Impacto Econômico
No ano de 2024, o Paraná alcançou uma produção significativa de aproximadamente 34,2 mil toneladas de morango, posicionando-se como o segundo maior produtor do Brasil, atrás apenas de Minas Gerais. Na Região Metropolitana de Curitiba, foram colhidas cerca de 11,9 mil toneladas de morango, com um preço médio em torno de R$ 20,60 por quilo. Jaboti destacou-se como o maior produtor do Estado, seguido por Piraí do Sul e São José dos Pinhais.
O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes, enfatiza que a criação da Rota Turística do Morango representa um passo importante para a melhoria das condições das propriedades rurais. “Essa rota vai contribuir para aumentar a renda dos agricultores, principalmente os pequenos produtores. Nossa missão é fortalecer a economia local e, sem dúvidas, o Paraná está vivendo um momento histórico em sua agricultura”, ressaltou Nunes.
Valorização da Agricultura Familiar
A iniciativa também busca valorizar a agricultura familiar e fomentar o desenvolvimento sustentável através do turismo como uma alternativa de renda. As propriedades participantes recebem auxílio técnico do IDR-Paraná, tanto na produção agrícola quanto na adaptação das estruturas para receber turistas. Essa validação assegura que os visitantes tenham uma experiência autêntica e segura, podendo explorar o cultivo, participar da colheita, degustar produtos artesanais e conhecer mais sobre o cotidiano dos produtores, além de desfrutar das belíssimas paisagens rurais.
“A Região Metropolitana de Curitiba é rica em rotas turísticas, como a do vinho e das cervejarias. Essa nova rota do morango surge como uma excelente adição, combinando natureza, gastronomia e infraestrutura de qualidade para criar experiências únicas”, comentou o diretor-presidente do Viaje Paraná, órgão responsável por promover o turismo no estado.
Exemplo de Sucesso em Araucária
Na Chácara Baedeski, em Araucária, o cultivo de morango já é uma tradição de 25 anos. Porém, a implementação do turismo rural é uma novidade dos últimos cinco anos. “A principal atração aqui é o ‘colhe e pague’. Temos também produtos coloniais, incluindo itens feitos com o morango cultivado aqui e um café colonial, além de uma área de lazer para as famílias”, explicou Daiane Priscila Baedeski, produtora rural.
Ela elogiou a visibilidade que a Rota dos Morangos trouxe para sua propriedade. “Percebemos um aumento significativo no alcance nas redes sociais e, consequentemente, atraímos mais clientes. Estamos otimistas com o sucesso da rota, tanto para nós quanto para outros produtores”, comentou.
Apoio e Orientação Técnica
Segundo Daiane, o suporte do IDR-Paraná é crucial para o sucesso da chácara. “A assistência técnica que temos recebido é fundamental. Sempre que precisamos de orientação, eles estão ao nosso lado, oferecendo cursos e suporte na produção. Esse acompanhamento faz toda a diferença para nós”, destacou.
O IDR-Paraná trabalha em parceria com os produtores locais, oferecendo orientações técnicas sobre plantio, manejo de pragas, seleção de frutos e o momento ideal para a colheita. “Os estabelecimentos estão recebendo um fluxo maior de visitantes desde a divulgação da Rota Turística do Morango. A expectativa é que continuemos atraindo mais turistas do que anteriormente”, afirmou Raphael Branco de Araújo, engenheiro agrônomo do instituto.
