Avanços da Jornada da Ciência, Tecnologia e Inovação
O Governo do Estado do Paraná está colhendo os primeiros frutos do programa Jornada da Ciência, Tecnologia e Inovação do Setor Industrial, em colaboração com a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). Desde o seu lançamento em julho, 195 indústrias de diversos segmentos têm recebido assessoria técnica especializada, focando no desenvolvimento tecnológico e na aplicação do conhecimento científico em seus processos produtivos. O propósito central desta iniciativa é elevar a competitividade em um setor vital para a economia paranaense.
Essa ação resulta de uma articulação institucional coordenada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), em sinergia com a Secretaria da Inovação e Inteligência Artificial (Seia), a Fundação Araucária, as sete universidades estaduais e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Paraná (Senai-PR). O programa também está alinhado ao projeto Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável (Ageuni) e ao plano Rotas Estratégicas 2040, consolidando-se como uma política pública estruturante voltada para o setor produtivo.
Compromisso com a Ciência e Tecnologia
O secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, enfatiza que o programa materializa uma estratégia de governo que posiciona a ciência e a tecnologia no cerne do desenvolvimento. “Este projeto conecta os ativos tecnológicos do Estado com a aplicação do conhecimento para enfrentar desafios reais, potencializando a competitividade e a produtividade da indústria paranaense, além de acelerar a inovação e o desenvolvimento”, argumenta.
Ainda segundo Bona, a integração entre academia e setor industrial é um dos pilares do programa. “A proposta reflete a visão do governador Ratinho Júnior, que deseja que a ciência e a tecnologia sejam vetores de desenvolvimento, unindo a infraestrutura universitária às oportunidades do setor produtivo, a fim de aumentar a competitividade das empresas paranaenses”, complementa.
Mobilização e Resultados Práticos
Para a implementação desta ação, o programa conta com uma força-tarefa composta por 57 bolsistas, todos com formação superior e pós-graduação em diversas áreas do conhecimento. Esses profissionais passaram por uma capacitação oferecida pelo Senai-PR para atuar como agentes de Eficiência Produtiva e de Implementação Tecnológica. Desde o início das atividades, foram realizados 156 atendimentos focados em ganhos de eficiência e 102 consultorias sobre inovação tecnológica, resultando em 469 relatórios técnicos para as indústrias atendidas.
Os relatórios gerados incluem diagnósticos detalhados, mapeamento de processos e recomendações específicas para a modernização das empresas. Esses dados são fundamentais para orientar ações futuras de transformação industrial, alinhadas aos desafios socioeconômicos atuais. Ao todo, foram dedicadas mais de 2.680 horas de trabalho em campo, refletindo o elevado engajamento dos bolsistas e a abrangência do programa nas diferentes regiões do Estado.
Expansão do Programa e Futuro Promissor
A engenheira Andressa de Freitas Dionizio de Melo, que atua como agente de Implementação Tecnológica pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), ressalta a importância da experiência prática adquirida. “Nas visitas às indústrias, conseguimos identificar desafios e oportunidades que se traduzem em processos mais eficientes, utilizando melhor os recursos disponíveis e tomando decisões baseadas em dados”, explica a bolsista. Segundo ela, o trabalho não só amplia a visão do setor industrial, mas também fortalece a análise e adaptação de soluções conforme o contexto específico de cada empresa.
Com a metodologia já validada, o programa inicia sua fase de expansão, cuja nova equipe contará com mais 49 bolsistas em processo de seleção e contratação. Com isso, o total de especialistas atuando diretamente nas indústrias paranaenses alcançará 106. As novas atividades, que visam aumentar a quantidade de empresas atendidas e aprofundar as análises sobre os ganhos reais de produtividade e competitividade, devem ser concluídas até o início de 2027.
A expectativa é de que, ao final desse ciclo, seja produzido um balanço detalhado que mensure os resultados práticos alcançados nas empresas assistidas. Os bolsistas estão integrados aos núcleos de inovação tecnológica (NITs) das sete universidades estaduais do Paraná, abrangendo Curitiba e municípios como Cascavel, Francisco Beltrão, Guarapuava, Jacarezinho, Londrina, Maringá e Ponta Grossa, demonstrando a amplitude e a importância do programa para a região.
